Fazenda Sororó inicia uma experiência inovadora com farelo do mesocarpo de babaçu como alternativa eficaz na pecuária

Sempre atenta às novas tecnologias e inovações e objetivando minimizar custos, aumentar produtividade e preservar o ambiente, a Fazenda Sororó iniciou experiência com farelo do mesocarpo de babaçu, para suplementação alimentar do seu rebanho.  A experiência teve a participação do pesquisador José Benedito. A Fazenda Sororó faz parte da RR Agropecuária sob a administração de seus proprietários Reinaldo José Zucatelli e Regina Maria Avancini Zucatelli.

O babaçu é um coqueiro muito presente na cobertura vegetal de vários Estados do norte do país. O mesocarpo, um dos componentes do fruto do babaçu, sempre foi utilizado na alimentação humana e animal, no Estado do Maranhão. A amêndoa do fruto desse coqueiro, com mais de 65% de teor de óleo, também foi utilizada na alimentação humana e como matéria prima para fabricação de sabão.

É possível dizer que o advento da soja trouxe para o babaçu algo como o início do fim do que se poderia chamar “ciclo do babaçu”. É que, por processos ditos convencionais, sequer se poderia imaginar que surgissem produtos de grande consumo e com valor agregado capaz de viabilizar a permanência dos babaçuais como cobertura vegetal.

A crença da diretoria da Fazenda Sororó de que é possível a coexistência entre preservação de florestas, com ganhos para quem nelas vive, e uso de tecnologias avançadas, permitiu que a Fazenda pusesse em prática suplementação alimentar com uso do mesocarpo de babaçu, alterado por procedimentos quânticos – sendo esta a tecnologia avançada.

Assim, um grama do mesocarpo “enquantado” é adicionado a 1.000 litros de água – é essa proporção mesmo – e esta, ingerida naturalmente pelos bovinos confinados, sacia-lhes a sede e suplementa sua alimentação.

As primeiras medições sugerem que o ganho de peso dos animais que ingerem a suplementação com mesocarpo de babaçu ultrapassa em 25% o acréscimo do peso dos bovinos que não consomem essa água.

 

O babaçu é uma palmeira utilizada de forma ampla e diversa pelas populações da região norte do Brasil. Ele pode ser uma opção desde que sejam avaliados cada um dos subprodutos e coprodutos para a adição na ração. Entre os subprodutos da cultura estão a torta e a farinha do mesocarpo. Como coproduto há o farelo integral do coco do babaçu.

As folhas, casca, caule, amêndoas e mesocarpo são matéria prima na confecção de artesanatos e utensílios, produção de cosméticos, moradias tradicionais e na alimentação. Agora, a espécie soma mais uma utilidade.

O farelo do mesocarpo, polpa localizada entre a casca e a amêndoa do fruto de babaçu, é eficiente na alimentação de gado de leite e alternativa sustentável aos compostos convencionais, feitos à base de milho e soja.